terça-feira, 8 de setembro de 2009

AS BALEIAS NA MIRA DA EXTINÇÃO


Os maiores mamíferos da natureza são mortos há muito tempo pelo homem. Pinturas rupestres em rochas na Coreia do Sul indicam que a pesca (ou caça) a esses animais acontece há mais de 8 000 anos.
Na Idade Média, o objetivo básico era o consumo de sua carne. No século XVIII, a gordura de baleia também passou a atrair a cobiça humana; e, a partir do século XX, passou-se a aproveitar também ossos e óleos, utilizados na indústria têxtil e na produção de lubrificantes e cosméticos.
A gordura das baleias-franca era utilizada como ligante de argamassa para a construção, bem como amaciante de couro. Com o tempo, a atividade se sofisticou, afastando-se das regiões costeiras e invadindo os oceanos, à medida que as embarcações e o armazenamento da carne melhoraram.

A exploração desenfreada foi agravada na década de 1 920, por conta da industrialização da pesca baleeira. Com o uso de arpões munidos de granadas nas pontas e navios-fábrica, os caçadores iniciaram o período de extermínio das baleias. Só em 1 931, no auge da matança, mais de 30 000 baleias-azuis foram mortas.

Por conta da baixa nas populações, o setor industrial foi forçado a criar uma comissão que regulamentasse a caça de baleias. Nasceu, assim, a Comissão Baleeira Internacional (CBI). Mas à medida que as espécies mais exploradas ficavam escassas, os caçadores procuravam novas espécies, acarretando na diminuição das populações de baleias em várias partes do mundo.

No Brasil, pode-se dizer que a atividade começou praticamente junto com o descobrimento do país. Logo que os portugueses chegaram aos mares brasileiros, já perceberam a grande quantidade de baleias que aqui viviam; a corte portuguesa, naturalmente, não limitava a matança dos animais. Foram criados estabelecimentos para implantar a caça de baleias, bem como embarcações específicas.

As “armações” percorreram a costa brasileira desde o século XVII até o início do século XIX, com expedições de caça feitas com barcos à vela e, às vezes, até a remo. Após serem perseguidas e alvejadas por arpões, as baleias agonizavam até morrerem por perda de sangue. Elas eram então levadas para a costa, onde começava o processo de retalhação da carne e extração de óleo. As armações foram preservadas no nome de alguns locais ao longo de nossa costa, como Armação dos Búzios (RJ), Praia da Armação em Ilhabela (SP), e Praia da Armação em Florianópolis (SC).

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