Os maiores mamíferos da natureza são mortos há muito tempo pelo homem. Pinturas rupestres em rochas na Coreia do Sul indicam que a pesca (ou caça) a esses animais acontece há mais de 8 000 anos.
Na Idade Média, o objetivo básico era o consumo de sua carne. No século XVIII, a gordura de baleia também passou a atrair a cobiça humana; e, a partir do século XX, passou-se a aproveitar também ossos e óleos, utilizados na indústria têxtil e na produção de lubrificantes e cosméticos.
A gordura das baleias-franca era utilizada como ligante de argamassa para a construção, bem como amaciante de couro. Com o tempo, a atividade se sofisticou, afastando-se das regiões costeiras e invadindo os oceanos, à medida que as embarcações e o armazenamento da carne melhoraram.
A exploração desenfreada foi agravada na década de 1 920, por conta da industrialização da pesca baleeira. Com o uso de arpões munidos de granadas nas pontas e navios-fábrica, os caçadores iniciaram o período de extermínio das baleias. Só em 1 931, no auge da matança, mais de 30 000 baleias-azuis foram mortas.
Por conta da baixa nas populações, o setor industrial foi forçado a criar uma comissão que regulamentasse a caça de baleias. Nasceu, assim, a Comissão Baleeira Internacional (CBI). Mas à medida que as espécies mais exploradas ficavam escassas, os caçadores procuravam novas espécies, acarretando na diminuição das populações de baleias em várias partes do mundo.
No Brasil, pode-se dizer que a atividade começou praticamente junto com o descobrimento do país. Logo que os portugueses chegaram aos mares brasileiros, já perceberam a grande quantidade de baleias que aqui viviam; a corte portuguesa, naturalmente, não limitava a matança dos animais. Foram criados estabelecimentos para implantar a caça de baleias, bem como embarcações específicas.
As “armações” percorreram a costa brasileira desde o século XVII até o início do século XIX, com expedições de caça feitas com barcos à vela e, às vezes, até a remo. Após serem perseguidas e alvejadas por arpões, as baleias agonizavam até morrerem por perda de sangue. Elas eram então levadas para a costa, onde começava o processo de retalhação da carne e extração de óleo. As armações foram preservadas no nome de alguns locais ao longo de nossa costa, como Armação dos Búzios (RJ), Praia da Armação em Ilhabela (SP), e Praia da Armação em Florianópolis (SC).
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