terça-feira, 30 de março de 2010

FAZENDA VERTICAL SUSTENTÁVEL

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Os arquitetos da Vincent Callebaut se inspiraram na asa de uma libélula para projetar o Dragonfly. O prédio terá 600 metros de altura e ocupará seus 132 andares com uma fazenda vertical capaz de abrigar 28 diferentes plantações e produzir frutas, verduras, lacticínio e outros produtos alimentícios. Entre os pomares existirão salas de escritórios, apartamentos residenciais, laboratórios e áreas comuns.

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O prédio de uso misto foi projetado para ocupar a Ilha Roosevelt, na cidade de Nova York, e caso seja construído, ocupará uma área de 350 mil metros quadrados. Sua estrutura foi pensada de forma oferecer tudo que as pessoas precisam em um só lugar: moradia, trabalho, energia, água e comida.

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Sustentabilidade

O espaço no meio da “asa”, feito de aço e vidro, foi projetado para tirar o máximo de proveito da energia solar durante o dia e acumular o ar quente durante as estações frias. Já no verão, as plantas presentes no interior da estrutura ajudarão a resfriar o ambiente sem precisar apelar para refrigeradores.

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O ecossistema interno foi pensado para ser totalmente autosuficiente. O sistema recolhe a água da chuva e a mistura com a água captada dos apartamentos. Essa água é tratada e usada para irrigar as plantações.

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Com isso, o prédio será capaz de produzir não apenas água potável, mas também comida para os moradores. E para tornar o projeto ainda mais autosustentável, turbinas eólicas e painéis solares irão gerar energia suficiente para abastecer as atividades dos usuários

segunda-feira, 22 de março de 2010

DIA MUNDIAL DAS ÁGUAS - 22 DE MARÇO

Água é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, nós dependemos dela para viver.

PLANETA ÁGUA
Guilherme Arantes

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água (2x)
Terra, planeta á...gua

quinta-feira, 18 de março de 2010

BARCO À BASE DE PLÁSTICO RECICLADO

plastik foi  feito com 12,5 mil garrafas de pl�tico recicladas e recuperadas
Plastik foi feito com 12,5 mil garrafas de plástico recicladas e recuperadas/Ilustração

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) inspirou a criação de um catamarã de 18 metros de comprimento feito com 12,5 mil garrafas de plástico recicladas e recuperadas.

O barco, batizado de Plastiki, deve deixar o porto de São Francisco, nos Estados Unidos, rumo à Sidney, na Austrália, no final de março.

Resíduos Plásticos

O catamarã foi elaborado com base no estudo ‘Ecossistemas e Biodiversidade em Águas Profundas e Alto Mar’, realizado pelo Pnuma há três anos.

O relatório mostra como a pesca predatória, a poluição e outros problemas como as mudanças climáticas afetam o mundo marinho.

O idealizador do projeto é o ambientalista britânico David de Rothschild, que também é considerado um dos ‘Heróis do Clima’ da agência da ONU.

Rothschild e equipe devem percorrer mais de 11 mil milhas náuticas, o equivalente a 20 mil Km, para alertar sobre a grande quantidade de resíduos plásticos nos oceanos.

Lixo Marinho

A ideia também é estimular iniciativas sobre como o lixo poder servir de fonte para soluções reais.

Segundo outro estudo recente do Pnuma, o plástico é o tipo mais perigoso de lixo marinho, responsável por 80% dos resíduos coletados nos oceanos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

DESMATAMENTO NA CAATINGA JÁ DESTRUIU METADE DA VEGETAÇÃO ORIGINAL

Considerado o único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga possui atualmente metade de sua cobertura vegetal original. Em 2008, a vegetação remanescente da área era de 53,62%. Dados do monitoramento do desmatamento no bioma realizado entre 2002 e 2008 revelam que, neste período, o território devastado foi de 16.576 km2, o equivalente a 2% de toda a Caatinga. A taxa anual média de desmatamento na mesma época ficou em torno de 0,33% (2.763 km²).

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (02/3) para divulgar os números deste levantamento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o índice é alto, considerando-se que a região é a mais vulnerável do País aos efeitos das mudanças climáticas, com forte tendência à desertificação.

De acordo com os dados do monitoramento, a principal causa da destruição da Caatinga deve-se à extração da mata nativa, que é convertida em lenha e carvão vegetal destinados principalmente aos pólos gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais e do Espírito Santo. Outros fatores apontados foram as áreas criadas para biocombustíveis e pecuária bovina. O uso do carvão em indústrias de pequeno e médio porte e em residências também foi indicado.

"Para reverter a situação é importantíssimo pensarmos em uma matriz energética diferente para a região, como energia eólica, gás natural e pequenas centrais hidrelétricas", completou o ministro. Dentre as ações de mitigação previstas, estão a recuperação de solos e micro-bacias, o reflorestamento e as linhas de crédito para combate à desertificação.

Carlos Minc revelou que o Banco do Nordeste estuda a criação do Fundo Caatinga, e que o Banco do Brasil tem a intenção de implementar o Fundo contra a Desertificação. O MMA pretende destinar ao Nordeste cerca de R$500 milhões oriundos do Pré- Sal para o Fundo Clima. O Ibama já planeja 25 grandes operações de combate ao desmatamento e ao carvão vegetal ilegal na região, que devem ocorrer simultaneamente a partir deste mês.

Área

Com uma área total de 826.411 km², a Caatinga está presente nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Os dois primeiros desmataram sozinhos a metade do índice registrado em todos os estados. Em terceiro e quarto lugar estão o Piauí e Pernambuco. Já o estado de Alagoas, por exemplo, possui atualmente apenas 10.673 km² dos 13.000 km² de área de caatinga originais.

Os municípios que mais desmataram foram Acopiara(CE),Tauá (CE), Bom Jesus da Lapa (BA), Campo Formoso(BA), Boa Viagem (CE),Tucano (BA), Mucugê (BA) e Serra Talhada (PE) (confira as taxas por estado e municípios nos links abaixo).

O padrão de desmatamento observado no bioma é pulverizado, o que dificulta as ações de combate à prática. De acordo com Luciano Menezes, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, o monitoramento é muito importante para a elaboração de um plano de combate ao desmatamento e de mitigação dos efeitos desta prática. Por isso, será lançado em 28 de abril o Plano de Combate ao Desmatamento na Caatinga (PPCaatinga), que no futuro deve ser incorporado ao Plano Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Para amenizar os efeitos da desertificação no semi-árido brasileiro, amanhã (03/3) terá início em Petrolina(PE) e Juazeiro(BA) uma reunião que vai tratar do Plano de Combate à Desertificação no Nordeste. O evento terá a participação de todos os governadores e secretários de Meio Ambiente da região.

Ações de combate

Estudos revelam que o Nordeste pode perder um terço de sua economia até o final do século com os efeitos do aquecimento global e da desertificação. O ministro Minc revelou que foi feito um acordo com o governo do Piauí para a criação da maior unidade de conservação da Caatinga nas Serras Vermelha e da Confusão. A área terá cerca de 550 mil hectares. Além desta, a criação de novas unidades de conservação também é indicada como fator de proteção ao bioma.

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, explica que a Caatinga tem apenas 7% de áreas protegidas, somando áreas estaduais e federais, sendo que 2% são de proteção integral e os outros 5% são de unidades de conservação de uso sustentável. Ela também aponta a importância da Caatinga como habitat de espécies endêmicas (que só ocorrem em uma determinada região) em extinção, como a arara-azul-de lear, além de lagartos, anfíbios e pequenos roedores.

Metodologia

O monitoramento foi feito por 25 técnicos contratados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e por analistas ambientais do MMA e Ibama, que utilizaram como referência o mapa de cobertura vegetal do MMA/Probio(programa de levantamento da cobertura vegetal do Brasil que detectou as áreas de vegetação nativa e antropizadas até o ano de 2002), bem como imagens de satélite.

Também foi realizado um fórum técnico científico para discutir os dados finais com especialistas em mapeamento da caatinga.O detalhamento do mapa base do Probio em 2002 tinha uma escala de 1:250.000. Já o utilizado neste levantamento teve uma escala de 1:50.000. A precisão na identificação dos desmatamentos foi de 98,4%.


De acordo com o ministro Minc, o MMA pretende realizar o mapeamento e monitoramento dos cinco biomas brasileiros (Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica) até o final do ano.


Para mais informações, acesse os portais de acesso aos dados:


http://www.mma.gov.br/portalbio

http://www.ibama.gov.br/csr