sexta-feira, 27 de novembro de 2009

ECOTURISMO REDUZ POBREZA NA BAHIA

Em oito anos do Projeto Tamar de conservação de tartarugas marinhas na região, a renda familiar de pescadores triplicou. Entre 1999 e 2007, saltou de US$ 300 para US$ 900. Antes, a água encanada e a eletricidade não chegavam a nenhuma das casas da área, no município de Mata de São João. Agora, a água atende a 95% dos domicílios e todos os domicílios contam com luz elétrica.


Estes são alguns dados destacados no levantamento Conservação e Ecoturismo no Brasil e no México, desenvolvido pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG). Com os resultados, o relatório sugere que a parceria entre turismo e preservação seja uma relação bastante proveitosa, para ambas partes.

Ligado ao Ministério do Meio Ambiente, o Projeto Tamar trabalha com pesquisa e ações educativas para preservação das tartarugas. Em meados dos anos 80, passou a receber turistas interessados em observar os animais. Os incentivos ao turismo ecológico se transformaram em uma alternativa econômica para os trabalhadores, destaca o antropólogo David Ivan Fleischer, autor do estudo.

Ivan Fleischer aponta que, antes do turismo, a renda das famílias da Praia do Forte vinha da pesca e que, mal orientados, os pescadores eram uma ameaça às tartarugas. Segundo ele, apenas a existência de uma lei ambiental de proteção não bastaria. “A incapacidade de adaptação a regras ambientais faz com que os pescadores abandonem seus modos de vida tradicionais”, afirma.

Pesca amiga do meio ambiente

Porém, com as iniciativas de preservação, pescadores foram contratados para ajudar a encontrar ninhos de tartarugas e, como resultado, os projetos ganharam importantes aliados para a conservação, diz o pesquisador. “Por meio de treinamento e capacitação, comunidades locais foram capazes de passar de uma economia de subsistência para uma economia bem sucedida e orientada para serviços”, conclui Fleischer.

Além do Tamar, na Bahia, o relatório também apresenta o Centro Mexicano de la Tortuga, na região de Oaxaca. No México, a lei contra a caça de tartarugas é de 1992, mais recente que a do Brasil, de 1980. No mesmo intervalo de oito anos, com a atuação de projetos semelhantes ao Tamar, a renda na praia de Mazunte cresceu 17%, de US$ 600 para US$ 700. Assim como na Bahia, nenhuma das casas tinha energia elétrica ou água encanada, e em 2007 todas já possuíam a estrutura.

As praias brasileira e mexicana também conquistaram melhorias em saúde e educação. Em cada uma delas, três escolas foram construídas no período. Praia do Forte ganhou um hospital e Mazunte passou a contar com uma clínica médica.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

30% DAS ESPÉCIES DE TUBARÃO DE MAR ABERTO ESTÃO "AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO"

Foto: Simon Rogerson/Shark Alliance

Tubarão-martelo, uma das espécies mais icônicas desses predadores (Foto: Simon Rogerson/Shark Alliance )

O primeiro estudo para determinar o estado de conservação global das 64 espécies de tubarões e arraias de alto mar revelou que 32% estão ameaçadas de extinção, disse o Grupo Especializado em Tubarões da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês).

A ameaça vem principalmente da pesca excessiva, de acordo com os técnicos. Segundo eles, os tubarões são “profundamente vulneráveis” a essa prática porque leva muitos anos para que várias espécies atinjam a maturidade e há relativamente poucos animais jovens.

“E, apesar das crescentes ameaças, os tubarões continuam virtualmente desprotegidos no alto mar”, disse Sonja Fordham, vice-diretora do Grupo Especializado em Tubarões. “Nós documentamos sério caso de pesca excessiva destas espécies tanto em águas nacionais quanto internacionais. Isto demonstra uma clara necessidade de ação imediata em escala global.”

‘Ação demorada’
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) reconheceu a ameaça potencial aos tubarões há mais de uma década, quando lançou um plano de ação para a conservação dos animais em 1999. Mas “o pedido para melhoria dos dados de pesca por parte dos países-membros (…) vem sendo dolorosamente lento e simplesmente inadequado”, disse este estudo da IUCN.

Vários tubarões de alto mar acabam sendo pegos por redes de pesca de atum e peixe-espada. Embora alguns acabem acidentalmente presos em redes, eles estão sendo cada vez mais procurados para a extração da carne, dentes e óleo de fígado e, por causa da alta demanda na Ásia por suas barbatanas.

Barbatanas
A lista da IUCN inclui duas espécies de tubarão-martelo, que costumam ter suas barbatanas retiradas antes de serem jogados de volta no mar. “Os tubarões-martelo são um caso especial porque eles têm barbatanas de qualidade muito alta mas carne de qualidade baixa”, disse Sonja Fordham, vice-diretora do Grupo Especializado em Tubarões. “A proibição da União Europeia da extração das barbatanas é uma das mais fracas do mundo.”

“A melhor forma de colocar esta proibição em prática é proibir a remoção das barbatanas no mar. Mas, pela União Europeia, você pode retirá-las desde que as barbatanas trazidas para terra pesem menos de 5% do peso do animal. A IUCN estima que, por esta norma, pode-se tirar as barbatanas e jogar fora de dois a três tubarões para cada tubarão mantido”, disse Fordham.

Até o final deste ano, o Grupo Especializado em Tubarões vai publicar um relatório completo com a situação de todas as 400 espécies de tubarões e parentes próximos, como as arraias.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

DICAS ESVERDEADAS

Dica 1:

Samsung E1107 Solar


Foi lançado em junho e chegou ao Brasil através da operadora TIM, o Samsung E1107 Solar.
O aparelho tem bateria com carregamento solar, que possui autonomia para até 10 minutos de conversa com uma hora de carga solar, rádio FM, viva-voz e alerta vibratório.

Dica 2:

Pensamento sustentável


Uma das formas de pensar sustentavelmente é buscar informações sobre a quantidade de energia consumida em casa.
Como conseguir essa informação? Passe a usar a calculadora criada por Furnas Centrais Elétricas que está disponível em www.furnas.com.br/simulador_consumo.asp. Com ela você pode saber quanto gasta com cada aparelho em casa e controlar o seu consumo.

Dica 3:

Lixo Eletrônico

Como muitos já sabem, 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano no planeta e o destino costuma ser um aterro sanitário. Pensando nisso, organizações como a Fundação Pensamento Digital e o Comitê para Democratização da Informática (CDI) oferecem a opção do descarte consciente, assim os computadores e seus acessórios podem ter como destino a reciclagem. Para isso existem postos de coleta que podem ser localizados acessando www.pensamentodigital.org.br e www.cdi.org.br.

DROGAS X MEIO AMBIENTE

De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) a produção de 1 grama de cocaína leva à destruição de 4m² de florestas. E 100 gramas da droga são o suficiente para contaminar 20 litros de água, além de gerar 60 kg de sujeira.

Danos

O diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, Cebrid, da Universidade Federal de São Paulo, Elisaldo Luiz de Araújo Carlini, explicou à Rádio ONU, de São Paulo, sobre como a produção da cocaína pode afetar ao meio ambiente:

“A cocaína é obtida de uma planta, a coca, e toda planta exige um terreno para poder crescer, ser cultivada. Mas ela não pode ser plantada em terrenos que já estão desbravados, pois é uma plantação criminosa, clandestina, então tem que ser colocada em locais de difícil acesso, no meio de florestas. E é isso que é responsável pela grande degradação do meio ambiente. Os traficantes mantêm essas plantações clandestinas em locais de difícil acesso, e para fazerem suas plantações, eles simplesmente acabam roubando a mata nativa, natural, prejudicando o meio ambiente.”

Carlini alertou ainda para os danos causados durante a extração da droga.

“Para você extrair a cocaína, você tem que usar muitos poluentes, bastante ruins para a natureza. Se usa ácido sulfúrico, pode se usar permanganato de potássio, soda cáustica, ácido clorídico, gasolina, éter sulfúrico, uma quantidade muito grande de poluentes, em quantidades bastante grandes. Esse material extrai a cocaína das folhas que foram maceradas, e depois se extrai a cocaína que foi retirada, ou seja, tem que jogar fora esses poluentes para se obter a cocaína. E isso é outra coisa que contamina a natureza, os lençóis freáticos, os rios, os lagos, enfim”, explicou.

Média Mundial

No sudeste asiático, Camboja, Indonésia e Filipinas têm a taxa de desmatamento mais rápida do mundo, de acordo com dados da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).

Eles estão perdendo mais de 2% de sua floresta ao ano, enquanto a média mundial anual é de 0,18%.

Fonte: Eco planet

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A IMPRESSÃO SEM TINTA

Copiando fundamentos da natureza, novo método imprime mais rapidamente, com cores vivas e sem o uso de tintas


Todo mundo já passou por isso. Quando você mais precisa da impressora, a tinta acaba. É muito provável que essa situação já tenha acontecido com o pesquisador Sunghoon Kwon, da Universidade Nacional de Seul, na Coréia do Sul.

Ele acaba de anunciar a descoberta de uma revolucionária técnica de impressão, mais rápida, com capacidade de copiar cores vivas da natureza e, o melhor de tudo, sem utilizar as tintas tradicionais. E ele conseguiu isso tomando como referência o que a natureza já faz há milhões de anos. A coloração da cauda de um pavão, por exemplo, é baseada na interação da luz com o material biológico presente na superfície das penas: não há pigmentos.

Com um composto de nanopartículas magnéticas, um líquido de hidratação e resina, o cientista criou a chamada M-Ink. Quando um campo magnético é aplicado, as nanopartículas se encaixam em formas de cadeias. A luz entra em contato com essas cadeias e o reflexo forma determinada cor.

Se houver uma mudança de intensidade no campo magnético, novas cadeias serão formadas e, por consequência, outra cor será visualizada. Uma vez na cor exata e desejada, o local que receberá a impressão é banhado com luz ultra-violeta, que elimina a resina e fixa as nanopartículas.

Pode parecer complicado, mas saiba que todo esse processo acontece muito rapidamente. Em apenas 1 décimo de segundo é possível definir o campo magnético de uma cor básica como o vermelho, ou azul. Com essa velocidade, é possível imprimir uma folha inteira, em tamanho A-4, em apenas 1 segundo. De olho na preservação ambiental, Kwon e sua equipe também trabalham no processo reverso: criar um removedor que reverta a fixação das cores, tornando o papel novamente aproveitável.

EMBALAGEM DE XAMPU VIRA VASO DE PLANTAS

Os designers estão cada dia mais preocupados com os impactos dos seus produtos no meio ambiente. Por conta disso, muitos já estão adaptando as criações para que elas causem o mínimo de prejuízo possível. Um exemplo é a criação do designer Yun Hwan Sung. Ele criou uma embalagem para produtos de higiene (como xampus e condicionadores) que se transforma em vaso para plantas após o uso.

A preocupação veio quando o profissional soube que 77% de todas as garrafas plásticas produzidas no mundo acabavam despejadas sem nenhum tipo de tratamento em lixões e aterros sanitários, gerando toneladas de lixo todos os dias.

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Ele então projetou uma embalagem que pudesse ser reaproveitada, reduzindo o desperdício de matérias-primas e prolongando a vida útil do produto. A Seed in the Bottle é feita de plástico reciclável e possui uma estrutura que permite o usuário remontar a embalagem de forma que ela vire um vaso de plantas.

É preciso apenas retirar as tampas e inverter um dos lados, que servirá de base. A outra ponta será o local por onde a planta irá crescer. Ervas, temperos e pequenas mudas podem ser utilizados na embalagem.

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Com o vaso montado, basta encher com terra, jogar as sementes e regar. Para garantir que todo o processo saia conforme o planejado, a parte da frente da embalagem traz sementes para serem plantadas na garrafa. Quem for comprar poderá escolher entre hortelã, alfazema e alecrim.

O designer não informou se o projeto vai sair do papel, nem quando isso poderá acontecer. Mas fica a boa ideia.

BRASIL VAI REDUZIR 38,9% DOS GASES ESTUFA

O governo brasileiro assumiu o compromisso voluntário de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 36,1% a 38,9% até 2020. O anúncio da decisão foi feito pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, na tarde de sexta-feira, 13 de novembro, e significa que o país tentará conter a alta dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na próxima década, ao levar em conta o cálculo do que as tendências indicarem. Com a medida, o Brasil não chegará a fixar uma meta compulsória na 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), em dezembro, na Dinamarca.


Com a proposta voluntária de redução, o governo pretende que o país deixe entre 975 e 1062 milhões de toneladas de gás carbônico na próxima década. Também participaram da reunião, que durou 1h45, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente), Sergio Rezende (Ciência e Tecnologia), Franklin Martins (Comunicação Social), Antônio Patriota (interino do Ministério das Relações Exteriores), Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, e Luiz Pingueli Rosa, coordenador-geral do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Em suma, o Brasil tentará conter uma tendência de crescimento das emissões, ao adotar medidas capazes de amenizar os problemas ambientais e socioeconômicos que seriam causados, caso o governo não se comprometesse com nenhum objetivo nesse sentido. Sobre esse ponto, Dilma foi enfática ao adiantar que a delegação brasileira na COP-15 não vai aceitar, sob hipótese alguma, pressões para que o país incorpore metas compulsórias, a exemplo do que se reivindica acerca das nações desenvolvidas.
Fonte: Eco Planet

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

APOIO PARA PROJETOS DE CONSERVAÇÃO MARINHA


A costa brasileira tem uma extensão de, aproximadamente, 7500 km – sendo considerada uma das maiores do mundo – e, embora mais da metade da população do país esteja concentrada no litoral, a região recebe pouca atenção no que diz respeito à sua conservação ambiental.

A fim de estimular a preservação dos ecossistemas marinhos e costeiros – margeados, em grande parte, pela Mata Atlântica –, a Fundação SOS Mata Atlântica, por meio do Programa Costa Atlântica, lançou o Edital Costa Atlântica, que disponibilizará até R$ 300 mil para iniciativas brasileiras que visem a criação e consolidação das Unidades de Conservação Marinhas do país.

Além disso, como novidade, em sua terceira edição, o Edital, ainda, incentivará financeiramente projetos de preservação e uso sustentável de manguezais e restingas, que, atualmente, são os ambientes costeiros, associados à Mata Atlântica, que mais têm sofrido com a ação humana.

Os interessados em participar podem apresentar suas propostas, sob a liderança de uma ONG, até o dia 20 de novembro para a Fundação. Cada projeto selecionado receberá um incentivo máximo de R$ 40 mil, destinado à preservação da biodiversidade e ao uso sustentável dos ambientes marinhos e costeiros.


III Edital Costa Atlântica
Inscrições até o dia 20 de novembro
Mais informações no site da Fundação SOS Mata Atlântica

4 HORAS POR UM COPO D'ÁGUA

Que tipo de sacrifício você está disposto a fazer para tomar um copo de água? Possivelmente nenhum. Tem gente que fica com preguiça até de levantar do sofá para ir até a cozinha. E parece que para conseguir matar a sede basta o movimento mínimo de comprar uma água engarrafa qualquer. Mas só parece.

O fato é que a água está acabando em uma velocidade impressionante. Não é porque vivemos no “Planeta Água” que todo aquele azul que aparece nos mapas está disponível para consumo – você sabe disso. Agrotóxicos, contaminação do lençol freático e bilhões de litros de esgoto sem tratamento despejados no meio ambiente pioram a situação.

Pensando no agravamento da crise, os designers Kim Hyo Jin e Seol Ah Sun criaram o Savior Bud, um aparelho que deve ser anexado às folhas para recolher e armazenar a água da umidade natural delas. Assim, segundo os idealizadores, é possível conseguir um copo de água... a cada quatro horas.

Será que vai chegar o dia em que teremos de esperar tanto tempo para beber um copinho de água?